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Busca pela Verdade - O que as chamas escondem
Excerto 2 (capítulo 25)
(...) - Tens a certeza? - questionou A*** - Pelo mapa também parece que é ali à frente, mas não há nada ali, é só um salgueiro no meio de muitas outras árvores. Não há por onde ir.
- Nunca duvides do que pode existir no meio de uma floresta. - avisou Letícia aproximando-se da majestosa árvore.
Seguiram-na. A*** continuava a duvidar que houvesse algo além do salgueiro-chorão, mas assim que Letícia atravessou as folhas como se fossem uma densa cortina verdejante, o espanto tomou-lhe o rosto.
Lá estava ele, o "Fim". O lago cintilante com os peixes a nadar livremente, o ar que E*****, I****** e H*** respiraram em tempos passados. Ao deitar os olhos sobre cada detalhe, cada fio de relva, cada raio de sol, cada seixo molhado, memórias que não eram de nenhum deles vinham à tona, como se algo as fizesse regressar. Letícia podia vê-las, uma após uma, aquelas inesquecíveis tardes de verão tão brilhantes como a daquele domingo em que, finalmente, ela entrara onde desejava desde a primeira palavra que leu acerca daquele lugar.
Luana aproximou-se dela, pôs a mão no seu ombro e sussurrou:
- É bom estar aqui. É calmo, pacífico, relaxante... mas ao mesmo tempo é alegre e de tirar o fôlego. Não admira que passassem aqui os melhores momentos.
- Foi aqui que as maiores mudanças aconteceram. - verificou Letícia unida com o local.
Passaram mais de uma hora a desfrutar do espaço, só a existir, a respirar aquele ar puro. Depois começaram a conversar e a criar as suas próprias memórias naquele lugar mágico.
Letícia estava certa, aquele era o lugar em que as maiores mudanças aconteciam. O "Fim" era perfeito sem dúvida, mas parecia uma maldição, aquele espaço atraia a mudança. E era a vez delas de provarem um pouco disso.